Para se prevenir contra mudanças na política cambial argentina, a American Airlines reduziu a antecedência das reservas para apenas 3 meses. O temor da American é justificado pelas baixas divisas e reservas do país platino. Isto levaria a mais restrições para expatriação dos valores recebidos pelas vendas de passagem, podendo chegar a uma situação parecida com a Venezuela. Na república bolivariana, houve retenção e restrições para que o valor arrecadado com as vendas de passagens fossem remetidas aos países de origem das companhias aéreas.
Na Argentina, após a venda de cada passagem, a filial local da companhia estrangeira deve recorrer ao Banco Central da República Argentina para trocar o valor recebido em pesos por dólares. Esta operação acontece com o câmbio oficial e a remessa é limitada a 150.000 dólares por dia. Recentemente, este limite foi reduzido de 300 para 150 mil. Pode parecer muito, mas em vista dos 2 voos diários para Miami, 1 para Nova York e 1 para Dallas, o limite é baixo. Diariamente, a American oferece cerca de 1.000 assentos com os 4 voos de Boeing 777. Isto quer dizer que por dia, a aérea pode remeter 150 dólares por assento. Claramente, há um enorme desequilíbrio entre o recebimento por cada passagem e o quanto pode ser remetido aos Estados Unidos.
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