quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais um avião equipado com o PW GTF voou para mudar o futuro


O A320neo equipado com os motores Pratt & Whitney Pure Power com a tecnologia GTF (Geared Turbo Fan) voou pela primeira vez. Já foram vendidos mais de 3.200 unidades do avião e pelo menos metade deles será equipado com o motor PW.

Estes motores serão mais silenciosos e farão a vida mais silenciosa para milhões de pessoas que moram nas redondezas dos aeroportos.



A promessa é cortar o ruído pela metade, o que pode se provar tão valioso para a sociedade quanto a economia de 15% de combustível.

Como funciona o GTF?

O GTF é uma motor com uma engrenagem que faz com que partes diferentes do motor girem em suas velocidades ótimas, aumentando o desempenho da queima de combustível e reduzindo o consumo de combustível. Assim, o fan gira a velocidade menor e os estágios de baixa e alta pressão do compressor e turbina giram em velocidades mais elevadas.



A engrenagem não é exatamente uma novidade, mas nunca houve aplicação nesta escala em motores de aviões comerciais. Com isto, certamente, haverá monitoramento constante sobre potenciais problemas que ela possa apresentar e será do melhor interesse do fabricante evitar e corrigir qualquer desvio.


Por que a Boeing não oferece o GTF?



O GTF é um motor mais largo e olhando o 737 não parece caber um motor deste tamanho onde já estiveram o PW JT8 e o CFM56



A distância do motor ao solo do 737 é menor do que a do A320. Então, adaptar um motor grande sob a asa do 737 não é tarefa fácil. Além do desafio técnico, a CFM é fornecedora exclusiva do 737 e não estava disposta abrir a porta para sua concorrente equipar os Boeings.



A Boeing também estava planejando lançar um novo avião, mas com o movimento da Airbus, não pode esperar e teve que remotorizar seu 737 para continuar competitiva no mercado.


O futuro

Este mercado é estimado pela Airbus em 22.000 aviões nos próximos 20 anos. Isto leva a crer que nem Boeing, nem Airbus poderão supri toda a demanda e a história pode mudar de novo com novos entrantes da China, Canadá, Rússia, Japão e outros. Assim, uma nova mudança como a que o GTF está causando deve acontecer nas próximas décadas. É esperar para ver.

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